quinta-feira, 14 de julho de 2011
Fazendo justiça ao Romário
Me preocupa muito ver uma geração de jovens que, após 47 anos de um golpe de estado que lançou o país nas trevas de uma ditadura atroz e sanguinária, ressucitar o mesmo sentimento reacionário que, serviu a direita brasileira, além do "anticomunismo", como justificativa do golpe: "a descrença do povo pela instituições e pela democracia". Deixo uma digressão maior a esse respeito num post futuro, não necessariamente no próximo.
Referente a essa cobertura viciada que a grande imprensa faz dos políticos, o último fato que me chamou a atenção, foi o incidente envolvendo o Deputado Romário (PSB/RJ) que se recusou a fazer o teste do bafômetro. Minha opinião pessoal é que ele deveria ter feito, apesar de a Lei o assegurar o direito de não fazer. Mesmo que tivesse bebido, ele deveria ter feito e assumido isso publicamente. Teria se saído melhor dessa situação. Mas se recusou, na minha opinião errôneamente, e levou lenha da imprensa até o diabo dizer "chega!".
Na contra-mão dessa onda de novelização estúpida que fazem da política, faço aqui justiça ao Deputado Romário, independente do meu juízo a respeito de atitudes pontuais dele e das posições que ele tem, e em quem não votei, nem votaria (por razões ideológicas). Dou essa contribuição por ainda acreditar na política como linguagem, por acreditar que ela pode ser instrumentalizada para a transformação da nossas realidade, para superação dos nossos mais duros desafios enquanto sociedade, e também para mostrar que o que vem à tona sobre um parlamentar, muitas vezes, é tudo menos o que de fato interessa e/ou afeta positivamente a vida população. Solicito aos que me lêem neste momento que olhem a página do Deputado na Câmara Federal, no link "Minhas Informações na Câmara", e avaliem sua atuação. Independente se gostam ou não do Romário, o que não é o mais importante, tirem suas próprias conclusões.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
4 de Julho e Jefferson Airplane*
Num dia como hoje, dia da independência dos EUA, não consigo parar de pensar na música "Volunteers", de Jefferson Airplane, uma banda de Rock Psicodélico do final dos anos 60, originária da cidade de São Francisco. A banda notabilizou-se por canções muito conectadas com o contexto histórico-social da época: guerra fria, ameaça de guerra nuclear, guerra do vietnã, segregação racial, contra-cultura, drogas etc. Ajudou a engrossar o sonoro coro de crítica à guerra do vietnã e a retirada das tropas americanas daquele país, que aos poucos foi dando lugar a um clamor unânime daquela sociedade. A música expressa muito bem os sentimentos e anseios daquela geração ("a primeira geração atômica"), tornando-se um dos seus hinos. Abaixo, posto o vídeo da referida música, em que se mostra imagens que resumem tudo o que eu quis dizer aqui e na sequência a letra.
Volunteers
Jefferson Airplane
Look what's happening out in the streets
Got a revolution, got to revolution
Hey I'm dancing down the streets
Got a revolution, got to revolution
Ain't it amazing all the people I meet
Got a revolution, got to revolution
One generation got old
One generation got soul
This generation got no destination to hold
Pick up the cry
Hey now it's time for you and me
Got a revolution, got to revolution
Come on now we're marching to the sea
Got a revolution, got to revolution
Who will take it from you?
We will and who are we
We are volunteers of America
(3x)
Volunteers of America
(2x)
Got to revolution
Look what's happening out in the streets
Got a revolution, got to revolution
Hey I'm dancing down the streets
Got a revolution, got to revolution
Ain't it amazing all the people I meet
Got a revolution, got to revolution
(3x)
We are volunteers of America
Volunteers of America